Depois das fake News vem aí o Pink Slime Journalism

Depois das fake News vem aí o Pink Slime Journalism

As Fake News foram alvos de polêmica e mexeram bastante no quesito político de diversos países, como os Estados Unidos e o Brasil. Nesse cenário, com a ampla abordagem sobre o tema, as Fakes News têm sido substituída por uma nova modalidade de jornalismo: o Pink Slime Journalism.

Com tantas notícias duvidosas, de acordo com um relatório do Pew Research Center, seis em cada dez americanos acreditam que a mídia engana nas notícias.

Além disso, o número foi ainda maior entre os apoiadores do ex-presidente Donald Trump, que repreende a grande mídia por divulgar o que ele chama de Fake News.

Por isso, o grupo conservador do EUA pode ser o mais suscetível ao Pink Slime Journalism, provenientes de sites que se disfarçam de notícias locais.

Que, na verdade, de acordo com a Tow Center for Digital Journalism da Columbia University, podem existir para promover uma agenda partidária e reunir dados sobre os usuários.

Por isso, a verificação de fatos se tornou crucial em jornais locais.

Pois, grande parte das notícias são produzidas por “robôs” automáticos, com base em comunicados de imprensa e artigos de outros “sites”.

E aí, ficou curioso para entender melhor sobre esse fenômeno emergente do jornalismo?

Então continue a leitura desse artigo!

 

O que é o Pink Slime Journalism?

Acredita-se que o termo Pink Slime Journalism tenha surgido em 2012, pelo jornalista Ryan Smith.

O Pink Slime pode ser ainda mais sinistro do que “jornalismo amarelo”, que descreve a cobertura de notícias de forma sensacionalista.

De acordo com o jornalista Dr. Carlos Castilho, o termo “pink slime” refere-se, originalmente, aos restos de carne moída, que são utilizados para encher produtos industriais, como hambúrgueres e salsichas.

Basicamente, o uso desta pasta é considerado, nos Estados Unidos, como uma tentativa de enganar os consumidores, que imaginam que é carne moída legítima.

Então, assim como essa pasta, o jornalismo Pink Slime pode ser considerado como enchimentos de pouca qualidade.

Que são notícias automáticas geradas para jornais locais.

Bem, o jornalismo Pink Slime funciona de forma bastante moderna, utilizando a tecnologia e algoritmos para gerar artigos com relatos compilados.

E o mais bizarro é que pessoas que podem não morar nos Estados Unidos criam essas informações.

O que preocupa o Jornalismo Pink Slime é a sua grande disseminação em um curto período de tempo.

Então, por exemplo, entre 2018 e 2020, o número de sites de Journalism Pink Slime registrou um crescimento de 200%.

Somente no Brasil, os números saltaram de 24 sites em 2018, para quase dois mil em 2020.

Ainda, de acordo com Priya Jana Bengani, pesquisadora sênior do Tow Center, pelo menos 189 dos 450 sites que ela investigou estão vinculados à Metric Media.

Entretanto, o proprietário da Metric Media, Brian Timpone, diz que sua empresa e sua missão se deturparam.

“O objetivo da Metric Media é reconstruir e democratizar as notícias da comunidade em todo o país”, disse Timpone.

 

O que as pessoas pensam sobre ele

Segundo McKay Copings, jornalista e redator da revista The Atlantic, muitos sites de notícias locais fazem parte de campanhas de desinformação.

Para ele, o Journalism Pink Slime é orquestrado por agentes políticos, que tem como intuito ser uma cortina de fumaça para a real situação das comunidades.

“Muitos deles são órgãos de grupos de lobby republicanos, outros pertencem a uma misteriosa empresa chamada Locality Labs, administrada por um ativista conservador em Illinois”, afirma Copings.

Atualmente, o Locality Labs é o Pipeline Media, e o seu proprietário é Timpone, o mesmo dono da Metric Midia.

De acordo com ele, os seus sites não têm inclinação política e são “possuem orientação por dados e centrados em fatos”.

Além disso, ele disse em um comunicado que restaurar as notícias da comunidade pode ajudar a diminuir a divisão partidária.

Ainda, Timpone afirmou ao jornal Deseret News que “o desaparecimento das notícias da comunidade contribuiu para um declínio acentuado na civilidade na América. Quando os americanos sabem sobre os aniversários de casamento de seus vizinhos, suas promoções de trabalho e seus filhos fazendo menção honrosa na escola ou ganhando elogios no basquete, eles são menos propensos a caricaturar e estigmatizar uns aos outros por questões políticas”.

E aí, você concorda com Copings ou com Timpone?

Deixa aqui embaixo o seu comentário sobre sua visão acerca do Pink Slime Journalism!

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